Ir al contenido principal

Ave Sangria - Ave Sangria (1974)

Artista:Ave Sangria
Álbum: Ave Sangria
Año: Ave Sangria
Género: Folk rock psicodélico
Duración: 38:07
Nacionalidad: Brasil


Lista de Temas:
1. Dois Navegantes
2. Lá Fora
3. Três Margaridas
4. O Pirata
5. Momento Na Praça
6. Cidade Grande
7. Seu Waldir
8. Hei! Man
9. Por Que?
10. Corpo Em Chamas
11. Geórgia, A Carniceira
12. Sob O Sol De Satã

Alineación:
- Almir Drums – Israel Semente Proibida / Bass
– Ivson Wanderley / Guitar, Acoustic Guitar
– Paulo Raphael / Guitar, Viola, Synthesizer, Vocals
– Juliano / Percussion
Guest:
Marcio Vip Augusto / Piano
Zé Rodrix / Synthesizer
Marco Polo / Vocals


Vamos ahora con una histórica banda brazuca del norte de Brasil, zona que como hemos hablado en otros posteos, siempre fue un territorio relegado artísticamente al canal central del movimiento de la cultura en ese país, aunque por otro lado tiene y ha tenido un gran despliegue y aún es un terreno fértil para que surja cualquier movimiento artístico y creativo.
A principios de la década del 70 Brasil fue redescubriendo el sonido del Nordeste, y muchas compañías discográficas comenzaron a buscar artistas para modernizar con sus elementos a todos los géneros posibles, y Ave Sangria se convirtió en un descubrimiento. Era una de las bandas más radicales de la época, mezclando sonidos regionales, blues y rock con tintes psicodélicas. La banda grabó sólo un álbum, brillante y emocionante, reeditado en vinilo en los 90's.
La banda fue marginada en el período de la dictadura militar en Brasil, principalmente porque el disco resutaba controvertido porque tiene una canción censurada por ser "inmoral", y, en consecuencia, esta censura ha eclipsado la embergadura de esta hermosa obra que en el blog cabezón venimos a rescatar, pero que al fin y al cabo este olvido ¿no disminuye su importancia en la historia de esta banda en el rock y la música brasileña de los años 70.





Se, décadas depois, Recife seria aclamada como uma das terras musicalmente mais promissoras do Brasil (principalmente por ter parido o manguebeat), nos anos 1970, ela já seria berço de uma geração de músicos que faria história. Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Lula Côrtes e Robertinho do Recife seriam alguns desses nomes que, cheios de juventude e coragem, começariam uma fusão meio louca de rock, psicodelia e sons nordestinos, tudo registrado em trabalhos antológicos, como Paêbiru e Quadrifônico. Em meio àquele cenário promissor, também surgiram personagens que não resistiriam ao tempo, mas virariam lendas. Uma delas, talvez a maior delas, chamava-se Ave Sangria. A banda formada por Marco Polo (vocais), Ivson Wanderley (guitarra solo e violão), Paulo Raphael (guitarra base, sintetizador, violão, vocal), Almir de Oliveira (baixo), Israel Semente (bateria) e Agrício Noya (percussão) teve vida por demais efêmera e só teve tempo de lançar um disco. O autointitulado trabalho chegou às lojas em 1974, apresentando uma mistura vigorosa de sons, tudo sem muito pudor. Aliás, segundo as tais lendas, pudor, realmente, não era com eles. Embora os próprios músicos, que voltaram a se reunir para pequenos shows, desmintam, o que ficou para a história é que eles usavam batom e se beijavam no palco. Verdade ou não, é fato que eles se tornaram verdadeiros representantes do desbunde, do vanguardismo e da lisergia daqueles anos. O guitarrista Ivson Wanderley, ou Ivinho, era uma espécie de “guitar hero nordestino” e chegou a gravar um disco solo no famoso festival de Montreux. Para se ter uma ideia da capacidade do rapaz, todo o set apresentado na Europa foi de improvisos. Nem nome as músicas tinham. Quanto ao Ave Sangria, a música, Seu Waldir até ganhou gravação rara de Ney Matogrosso e clipe no Fantástico, que chegou foi proibido por conta das supostas insinuações homossexuais da letra. Tirando essa faixa, nenhuma música da banda virou hit, assim como o disco hoje é uma raridade disputada em sebos por aí. Mas isso só significa que o som dos caras era algo completamente fora dos padrões radiofônicos, o que, em alguns momentos (principalmente naqueles anos 1970), é um ótimo sinal. De fato, o único disco Ave Sangria é tem uma personalidade tão forte que não é preciso muito tempo para alguém dizer se gosta ou não. Hoje, é fácil achá-lo para download ilegal na internet ou para audição no Youtube. O que também está disponível na rede é o áudio do show Perfumes & Baratchos, apresentado nos dias 28 e 29 de dezembro de 1974, no Teatro Santa Isabel. Disputado a tabefe pelo público, o show foi o ápice e o declínio do Ave Sangria. Pouco tempo depois, eles se separariam de vez e dariam fim à banda. Ficariam só as histórias.
Marcos Sampaio


"Eles usavam batom, beijavam-se na boca em pleno palco, faziam uma música suja, com letras falando de piratas, moças mortas no cio. E eram muito esquisitos; "frangos", segundo uns, e uma ameaça às moças donzelas da cidade, conforme outros. Estes "maus elementos" faziam parte do Ave Sangria, ex-Tamarineira Village, banda que escandalizou a Recife de 1974, da mesma forma que os Rolling Stones a Londres de dez anos antes. Com efeito, ela era conhecida como os Stones do Nordeste.
"Isto era tudo parte da lenda em torno do Ave Sangria" - explica, 25 anos depois, Rafles, o ministro da informação do grupo. "O baton era mertiolate, que a gente usava para chocar. Não sei de onde surgiu esta história de beijo na boca, a única coisa diferente na turma eram os cabelos e as roupas." Rafles por volta de 68, era o "pirado" de plantão do Recife. Entre suas maluquices está a de enviar, pelo correio, um reforçado baseado, em legítimo papel Colomy, para Paul McCartney. Meses depois, ele recebeu a resposta do Beatle: uma foto autografada como agradecimento.
Foi Rafles quem propôs o nome Tamarineira Village, quando o grupo tomou uma forma definitiva, com a entrada do cantor e letrista Marco Polo. Isto aconteceu depois da I Feira Experimental de Música de Fazenda Nova. Até então, sem nome definido, Almir Oliveira, Lula Martins, Disraeli, Bira, Aparício Meu Amor (sic), Rafles, Tadeu, e Ivson Wanderley eram apenas a banda de apoio de Laílson, hoje cartunista do DP.
Marco Polo, um ex-acadêmico de Direito, foi precoce integrante da geração 45 de poetas recifenses. Com 16 anos, atreveu-se a mostrar seus poemas a Ariano Suassuna e a Cesar Leal. Foi aprovado pelos dois e lançou seu primeiro livro em 66. Em 69, iniciou-se no jornalismo, como repórter do Diário da Noite. Logo ganhou mundo. Em 70, trabalhou por algum tempo no Jornal da Tarde, em São Paulo, mas logo virou hippie, trabalhando como artesão na desbundada praça General Osório, em Ipanema. O primeiro show como Tamarineira Village foi o Fora da Paisagem, depois do festival de Fazenda Nova. Vieram mais dois outros shows, Corpo em Chamas e Concerto Marginal. A partir daí a banda amealhou um público fiel.
Ciganos
A mudança do nome aconteceu quando o grupo passou a ser convidado para apresentações em outros Estados. Os músicos cansaram-se de explicar o significado de Tamarineira Village. O Ave Angria, segundo Marco Polo, foi sugestão de uma cigana amalucada, que encontraram no interior da Paraíba: "Ela gostou de nossa música e fez um poema improvisado, referindo-se a nós como aves sangrias. Achamos legal. O sangria, pelo lado forte, sangüíneo, violento do Nordeste. O ave, pelo lado poético, símbolo da liberdade do nosso trabalho.
Na época, o som do Quinteto Violado era uma das sensações da MPB. Não tardou para as gravadoras mandarem olheiros ao Recife em busca de um novo quinteto. A RCA foi uma delas. O Ave Sangria foi sondado e recusou a proposta (a RCA contratou a Banda de Pau e Corda).
O disco viria com a indicação da banda, pelo empresário dos Novos Baianos, à Continental, a primeira gravadora a apostar no futuro do rock nacional. Antecipando a gozação por serem nordestinos, os integrantes da banda chegaram no estúdio Hawai, na Avenida Brasil, Rio, todos de peixeira na mão: "Falamos para o pessoal ter cuidado, porque a gente vinha da terra de Lampeão", relembra Almir Oliveira. Foi um dos poucos momentos de descontração da banda. Com exceção de Marco Polo, nenhum dos integrantes conhecia o Rio e jamais haviam entrado num estúdio de gravação.
De peixeira na mão
Como agravante, quem produziu o disco foi o pouco experiente Marcio Antonucci. Ex-ídolo da Jovem Guarda (formou a dupla Os Vips, com o irmão Ronaldo), Antonucci ficou perdido com o som que tinha em mãos, e o pôs a perder: "Ele não entendeu nada daquela mistura de rock e música nordestina que a gente fazia, e deixou as sessões rolarem. O diabo é que a gente também não tinha a menor experiência de estúdio", conta o guitarrista Paulo Rafael. Resultado: o disco acabou cheio de timbres acústicos. O Ave Sangria, involuntariamente, virou uma espécie de Quinteto Violado udigrudi. E adulterado não foi apenas o som. A gravadora não topou pagar pela arte da capa e colocou em seu lugar um arremedo do desenho original, assinado por Laílson.
O disco, mesmo pouco divulgado, conseguiu relativo sucesso no Sudeste, e vendeu bastante em alguns Estados do Nordeste. Uma das músicas que fizeram mais sucesso, e polêmica, foi o samba-choro Seu Waldir. "Seu Waldir o senhor/ Machucou meu coração/ Fazer isto comigo, seu Waldir/ Isto não se faz não... Eu quero ser o seu brinquedo favorito/ Seu apito/ Sua camisa de cetim..." Numa época em que a androginia tornava-se uma vertente da música pop. Lá fora com o gliter rock de David Bowie, Gary Glitter e Roxy Music com Alice Cooper, a aqui com o rebolado dos Secos & Molhados, Seu Waldir foi considerado pelos moralistas pernambucanos como uma apologia ao homossexualismo, quando não passava de uma brincadeira do irreverente do Ave Sangria.
Seu Waldir por pouco não vira mito. Uns diziam que era um senhor que morava em Olinda, pelo qual o vocalista do Ave Sangria apaixonara-se. Outros, que se tratava de um jornalista homônimo. Enfim, acreditava-se que o tal Waldir era um personagem de carne e osso. Marco Polo esclarece a história do personagem "Eu fiz Seu Waldir, no Rio, antes de entrar na banda. Ela foi encomendada por Marília Pera para a trilha da peça A Vida Escrachada de Baby Stomponato, de Bráulio Pedroso, que acabou não aproveitando a música".
O Departamento de Censura da Polícia Federal não levou fé nesta versão. Proibiu o LP e determinou seu recolhimento em todo território nacional. A proibição incitada, segundo os integrantes do Ave Sangria, pelo hoje colunista social do Diário de Pernambuco, João Alberto: "Ele tocava a música no programa de TV que ele apresentava e comentava que achava um absurdo, que uma música com uma letra daquelas não poderia tocar livremente nas rádios", denuncia Rafles. Almir Oliveira diz que lembra dos comentários do jornalista na televisão: "Mas não atribuo diretamente a ele. Se não fosse ele, teria sido outra pessoa, a música era mesmo forte para a época", ameniza. A proibição, segundo comentários da época, deveu-se a um general, incentivado pela indignação da esposa, que não simpatizou com a declaração de amor a seu Waldir.
O disco foi relançado sem a faixa maldita, mas aí o interesse da mídia pelo grupo já havia passado. A Globo, por exemplo, desistiu de veicular o clipe feito para o Fantástico, com a música Geórgia A Carniceira. O grupo perdeu o pique: "A gente era um bando de caras pobres, alguns já com filhos, a grana sempre curta. No aperto, chegamos até a gravar vinhetas para a TV Jornal (uma delas para o programa Jorge Chau)", relembra Marco Polo.
Em dezembro de 1974, o Ave Sangria parecia querer alçar vôo novamente. O grupo fez uma das suas melhores apresentações, com o show Perfumes & Baratchos, agora relançado, juntamente com o álbum homônimo de 1974 em vinil duplo pelo selo Ripohlandya com uma nova edição em Gatefold e vinil de 180g, com áudio remasterizado a partir do original. O público que foi ao Santa Isabel não sabia, mas teve o privilégio de assistir ao canto de cisne da Ave Sangria. Foi o último show e o fim da banda."
José Teles


Y así, durante cuatro décadas los corazones de Recife han sangrado por el sonido que danzaba entre el rock psicodélico y el que es propio del noreste, hasta que hace poco la banda se reunió, para ofrecer un espectáculo con toda la carga histórica que fue antológica. El espectáculo fue parte de un proyecto alentado por el Gobierno. La presentación, reunió a un numeroso público deseoso de recordar estas leyendas de la música de Pernambuco juntos de nuevo, y las entradas se agotaron al poco tiempo de salir a la venta. "Es muy gratificante para nosotros hacer este espectáculo. Porque estamos juntos de nuevo, e incluso después de todo este tiempo, nos damos cuenta de que todavía hay una química musical entre nosotros", eso fue lo que dijo el cantante.
Ahora presentamos este disco para el que lo quiera conocer y tener...

The northern Brazilian band AVE SANGRIA began as the TAMARINEIRA VILLAGE around 1968 but were renamed before releasing their only album in the mid-seventies.
The band's music includes a unique blend of acoustic, ethnic instrumentation and percussion, electric and sometimes fuzzed guitar, disjointed rhythms and what can only be characterized as a glam-rock persona consisting of outrageous dress and makeup, exaggerated stage movements and often falsetto vocals.
They used lipstick, kissed on stage, made dirty songs about pirates, dead girls and Satan. Some called them “fags”, some said they were a threat to the pure ladies of the town.
Ave Sangria scandalized Recife city in 1974 in the same way Rolling Stones did in London ten years earlier. In fact, they were known as the “Stones from Northeast” (referring to Brazil’s geography).
Its an incredibly well rounded listen. At times recalling early Tyrannosaurus Rex, and at others sounding not unlike a Brazilian Black Sabbath or something, with some really tough, fuzzed out thug-rock instrumental passages. The vocal delivery moves between an aggressive punky sneer and the aforementioned Bolan/Took chants. It all has the requisite laid-back latin percussion, and some really nice jangly leads as well
Nelwizard






Comentarios

  1. lo que estuve buscando este album no tiene nombre!
    muchas gracias Moe y el equipo cabezon!

    ResponderEliminar
  2. Por favor, puede alguien re-subir este album en flac?

    ResponderEliminar

Publicar un comentario

Lo más visto de la semana pasada

Los 100 Mejores Álbumes del Rock Argentino según Rolling Stone

Quizás hay que aclararlo de entrada: la siguiente lista no está armada por nosotros, y la idea de presentarla aquí no es porque se propone como una demostración objetiva de cuales obras tenemos o no que tener en cuenta, ya que en ella faltan (y desde mi perspectiva, también sobran) muchas obras indispensables del rock argento, aunque quizás no tan masificadas. Pero sí tenemos algunos discos indispensables del rock argentino que nadie interesado en la materia debería dejar de tener en cuenta. Y ojo que en el blog cabezón no tratamos de crear un ranking de los "mejores" ni los más "exitosos" ya que nos importa un carajo el éxito y lo "mejor" es solamente subjetivo, pero sobretodo nos espanta el concepto de tratar de imponer una opinión, un solo punto de vista y un sola manera de ver las cosas. Todo comenzó allá por mediados de los años 60, cuando Litto Nebbia y Tanguito escribieron la primera canción, Moris grabó el primer disco, Almendra fue el primer

Steve Hackett - The Circus And The Nightwhale (2024)

Para terminar la semana a lo grande, el Rafa Nori nos presenta el último y gran trabajo del enorme Steve Hackett, y de hecho uno de los grandes discos que saldrán a lo largo de este 2024 y uno de los mejores discos solistas de Hackett, su trigésimo lanzamiento en solitario. Y para aquellos que piensan que simplemente está repitiendo la misma fórmula de años, décadas y siglos atrás, escuchen este increíble belleza de este trabajo que simplemente expresa emociones profundas, y después me cuentan. No voy a comentar nada en demasía, pero entren al posteo que le dejo algunas notas y sobretodo algunos videos para que empiecen a disfrutar de este disco desde ahora. No solamente es recomendado sino además absolutamente necesario! Artista: Steve Hackett Álbum: The Circus And The Nightwhale Año: 2024 Género: Crossover prog Duración: 44:52 Referencia: Discogs Nacionalidad: Inglaterra El legendario Steve Hackett está de vuelta con su nuevo álbum de estudio "The Circus And

Caligula's Horse - Charcoal Grace (2024)

Y cerramos otra semana a pura música en el blog cabezón con otro de los mejores discos que saldrán este año, una banda que desde hace rato estoy tentado a traer, que están dentro del mismo umbral que bandas como Pain Of Salvation, Leprous, Tesseract y Haken, algo que viene del metal progresivo pero verdaderamente aquí la intensidad solo llega a un heavy prog, eso sí, con muchísimas emociones y una carga melódica muy importante, que busca fusionar ideas no convencionales dentro del metal. Este último trabajo, su sexto trabajo de estudio, no solamente es su mejor trabajo hasta el momento sino que además es algo nuevo y fresco, muy amable y fácil de escuchar pero también algo bastante profundo donde la emoción supera al virtuosismo, presentando pasajes delicados y mucha elegancia que trata sobre las experiencias vividas por todos nosotros durante estos tiempos difíciles, que aborda lo sombrío de la pérdida, la alienación y la angustia, habla de la catarsis personal y social, en fin, t

Sleepytime Gorilla Museum - Of The Last Human Being (2024)

Desde hace años tenía la intención de publicar en el blog cabeza algún disco de ellos, luego se disolvieron por algún tiempo y el deseo de presentarlos en sociedad fue olvidado, o casi. Pero ahora regresan en modo resurrección, con tremendo disco (este será uno de los mejores que verá la luz en este actual 2024). Y entonces aprovecho para presentar en sociedad las bestias del RIO (o sea lo que sea ese estilo indescriptible que estos tipos practicaron desde siempre), que siguen con el estilo de siempre, donde la música puede ser muy pesada a veces pero también muy atmosférica y tiene elementos de música clásica, con muchas capas diferentes de todo tipo de instrumentos, también clásicos como violín, trompeta, glockenspiel y piano, lo que da como resultado una simbiosis entre Univers Zero y Sepultura, Isildurs Bane y King Crimson, John Zorn y Henry Cow, mezclando intrumentos y voces femeninas y masculinas, complejo pero al mismo tiempo melodioso, denso pero con elementos de sensibilid

La Máquina de Hacer Pájaros - 10 de Mayo 20 hs.

OVRFWRD - There Are No Ordinary Moments (2024)

Si vamos a presentar los mejores discos de este 2024 no podemos dejar afuera al último trabajo de una de las mejores bandas instrumentales de la actualidad. Hay demasiados aspectos destacados en este álbum, el quinto de una de las pocas bandas que pueden hacer un disco largo e instrumental que no decaiga ni aburra ni por un segundo, con 10 temas y 68 minutos donde se funde el jazz, el space rock, el sinfonismo, el heavy prog, todo aderezado con pizcas de psicodelia, bastante clima y muchos matices diferentes, y es maravilloso ver como logran crear diferentes estados de ánimo, atmósferas, sonidos, en una amalgama muy interesante, en algo que se podría definir como la mezcla de King Crimson y Rush, y se hace obvio que han estado tocando juntos durante muchos años, por lo que su comprensión musical e incluso emocional se expresa maravillosamente en canciones como las que están plasmadas en este trabajo. Otro ejemplo de que hay muchísima música increíble surgiendo cada hora, las 24 hor

La Mesa Beatle: Iba acabándose el vino

Buenos días desde La Barra Beatles. Hoy reunidos para recordar una hermosa canción, de las más lindas del cancionero de nuestro rock: “Iba acabándose el vino”, de Charly García. Está en un gran disco llamado “Música del Alma”, un álbum altamente recomendable para amantes de la música acústica. Para introducirnos en el tema voy a traer a un amigo que se nos fue hace varios años, Hernie, conocido en la barra brava de Ferro como “El eléctrico”. Probablemente este pibe sea el mayor fanático de García que conocí. Solía relatar las frases de Charly de un modo tan sentimental que hasta el propio autor se hubiera quedado oyendo a esa voz que venía desde tan adentro, casi desde el significado mismo de la canción. Se notaba que la había recorrido, conocía bien esos vericuetos que están detrás de las palabras, esas notas que la melodía no canta y que, ni bien empieza el tema, la imaginación le hace un coro en silencio que atraviesa todos los compases, los adorna y queda dando vueltas por los parl

Instrucciones para comprar un celular

La globalización de la economía capitalista se empalma con el método fascista para privatizar la estatalidad. Una prótesis de expansión de esa amalgama está en nuestros bolsillos: el celular, que propaga ese poder oscuro. La globalización de la economía combinada con el fascismo apunta a una nueva fase de privatización: la de la estatalidad. Esto quiere decir que la fase reciente de la globalización de la economía capitalista tiene por objetivo la apertura de aun más áreas del mundo y de más dimensiones de la realidad. El acceso a aún más bienes comunes para encerrarlos en un proceso de acumulación primitiva permanente de parte de las clases ociosas y sus dispositivos de poder globales y nacionales. La privatización de la tierra, el agua, los bienes comunes naturales o minerales como el litio, los bosques tropicales, la biodiversidad inmanente a un continente tal extendido como América Latina, los conocimientos tradicionales populares o el excedente producido por la fuerza de traba

Lali, Gramsci, Milei, la ignorancia y la conspiración

Es una cosa difícil siquiera empezar a hablar sobre el posteo de Milei acerca de Lali y Gramsci. El delirio y la ignorancia son mayúsculos. Pero detrás de la estupidez hay algo peligroso: la divulgación de teorías de la conspiración de la extrema derecha por el hombre que tiene el puesto de presidente de Argentina. ¿Será que Chiquititas y Floricienta son un producto de la infiltración marxista en la industria cultural argentina? Eso parece pensar Milei. Tratando de darle aires de importancia a su pelea con Lali Espósito es que despotricó contra el "Gramsci Kultural" en Twitter. Intenta darle importancia a sus delirios, que su «pelea» no sea lo que es: una mezcla del presidente de un país hostigando a una artista desde el poder con un mandatario comportándose como panelista de un programa de chimentos de mal gusto. Por Federico Dertaube " La raíz del problema argentino no es político y/o económico, es moral y tiene como consecuencias el cinismo político y la deca

Humillación

Jorge Alemán afirma en esta nota (tan actual aunque haya sido escrita hace siglos: el 5 de octubre de 2023) que la pesadilla del avance de la ultraderecha argentina, experta en crueles humillaciones, comenzó hace tiempo y parece que las razones argumentadas que se presentan no alcanzan para despertar de este mundo distópico. Por Jorge Alemán "La historia es una pesadilla de la que estamos intentando  despertar". James Joyce Además del lógico temor frente a que las ultraderechas se queden con el gobierno, estamos asistiendo a uno de los espectáculos más humillantes de la historia argentina. La pesadilla ha comenzado hace tiempo y no parece que las razones argumentadas que se presentan sirvan para despertar de este mundo distópico.   Un clan experto en humillaciones crueles, con matices delirantes que apuntan con una ametralladora de estupideces que son pronunciadas con fruición y goce, se presenta para ocupar las más altas responsabilidades de la Nación. Es el punto

Ideario del arte y política cabezona

Ideario del arte y política cabezona


"La desobediencia civil es el derecho imprescriptible de todo ciudadano. No puede renunciar a ella sin dejar de ser un hombre".

Gandhi, Tous les hommes sont frères, Gallimard, 1969, p. 235.